quinta-feira, 30 de junho de 2011

1 0 2 1 3 2 2 3



Não sou muito chegado a números. Nunca fui. Talvez por isso, tenha me surpreendido quando tive vontade de escrever sobre eles.

O algarismo que dá título a esse post tem uma propriedade única entre os números e raríssima entre as pessoas.


Eu explico.

1 0 2 1 3 2 2 3, além de ser 10 milhões duzentos e treze mil e duzentos e vinte e três, descreve a si prórprio : Um número 0, Dois números 1, Três números 2 e Dois números 3. Dizem que é o único número que tem essa capacidade.
Para os de natureza cartesiana, esse texto se encerra aqui. Uma curiosidade sobre um algarismo somente. Já dá pra contar na mesa do Bar comendo uma pizza com os amigos.

No entanto, como a minha cabeça naturalmente não encerra cartesianismos (por absoluta incompetência eu devo afirmar) me peguei a pensar como essa qualidade também é difícil de ser encontrada nas pessoas. Pessoas que se auto descrevem são raríssimas. Não simplesmente pessoas que em tom confessional adoram falar de si. Destas, o mundo anda cheio. Me refiro àqueles seres especiais que conseguem unir o que representam a uma descrição perfeita de si próprios na leitura de suas ações. Pessoas que são o que são simplesmente.

A essa simplicidade do ser e agir, pode-se dar o nome de plenitude. Ser pleno, nas ações e no que se representa é para pouquíssimos. Para a maioria, basta um bom discurso, boas justificativas e pronto;


Sou honesto, mas preciso jogar o jogo da vida.


Prezo os valores positivos, mas nem sempre é possível ter condição para vive-los.


Esses e outros tantos mantras da vida e da sociedade competitiva encerram, em resumo uma só mensagem: Não sejamos plenos! Contudo, ninguém lembrou de dizer o preço que pagaríamos ao abrir mão da plenitude em nome do pragmatismo.

E por causa disso, cada vez mais gente vive com a impressão de que anda faltando alguma coisa na vida.




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