terça-feira, 4 de agosto de 2009

Fragmentos fugazes.

O céu como um mar revolto. Boa metáfora para esse mundo doido.


As vezes, o Mundo é pouco amistoso com quem deseja dar prioridade a valores que não os materiais. É difícil não deixar que o materialismo, que assola tal qual uma Pandemia a humanidade, também nos contagie e nos faça mais uma alma moribunda. Quase tudo conspira a favor do culto ao Ter. A vaidade é celebrada como se fosse uma virtude. Em nome de ser superior e mais poderoso do que o outro, abrimos mão da serenidade e do prazer de viver.


Antídoto contra o materialismo não há - ou eu penso que não. Noto porém, que todas as vezes que a vida se torna pouco simples é quase certo que tenhamos nos esquecido de um troço que minha mãe e pai chamavam de Princípios. Os alicerces morais da vida. O que mesmo que saibamos ser muito raro e as vezes até doloroso desenvolver, fazemos questão de também falar aos nossos filhos. Simplesmente porque (talvez) lá no fundo saibamos que é a única coisa que pode dar um coração sereno.


Somos efeito de nossas escolhas e ações na vida. Para o bem e para o mal. Pedagogicamente, vemos em nós mesmos as consequências das bobagens que fazemos.

As cagadas (que me perdoem o primeiro palavrão em quase dois anos de blog) só não ensinam mais do que a capacidade infinita que temos de nos reeguer na vida. Cair e levantar é a regra natural para seres errantes como todos nós. Mais sublime e humano do que o soerguimento não há.


E o que eu quero dizer com tudo isso? Simplesmente que me nego ao compromisso com as minhas imperfeições.