segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

UM PEQUENO ENSAIO SOBRE O SIMPLES E O FÁCIL. OU DE COMO VOAR É SIMPLES

Um monte de gente pendurada nas suas traquitanas...
Chega na rampa; condição legal com vento de 15 km bem de frente; ciclos térmicos definidos com alguns pilotos voando e dando as dicas visuais da condição.
Tira a vela da mochila, checa as linhas e faz o engate da selete e da vela na selete; vai para a rampa, abre a vela, puxa os tirantes "A" de frente para a vela, que sobe bem certinha até ficar acima do piloto que segura um pouco com os freios o eventual avanço do parapente. Vira de frente e pronto! O cara está voando.


Me desculpem aqueles que acham isso complicado: é, ao contrário, muito simples!


O problema é a eventual incapacidade de alguns para diferenciar o simples do fácil.
O Dr.Aurélio, diz que "Simples" é sinônimo de sem dificuldade ou complexidade e que "fácil" é aquilo que se faz ou consegue sem esforço ou se apreende sem custo.
Digo natural e tranquilamente que para mim, o voo livre é simples (não é complexo); entretanto não seria sincera a afirmativa de que o voo livre é fácil (conseguir sem esforço ou se apreender sem custo).
Como a própria vida, o voo livre nos dá mostras irrefutáveis de que o simples nem sempre é fácil de ser aplicado. As vezes, fazemos do simples algo complexo por absoluta incapacidade de fazer o simples direito.


Vamos aprender a colocar o simples em prática ao invés de tentar torna-lo complexo; e entender, humildemente, que fazer o simples é tudo, menos fácil.