quinta-feira, 17 de abril de 2008

O abismo de nossa ignorância


“O saber é uma tênue miragem, que o viajante nunca chega a alcançar, e de cuja presença só toma conhecimento ao fim da estafante jornada.
O abismo de nossa ignorância não se abre aos nossos olhos, senão depois de adquirirmos um bom cabedal de conhecimentos.
O homem que nada sabe acredita que nada há a saber, e julga-se, por isso, onisciente; impossível pois, dissipar-lhe essa ilusão”.

Ao ler o texto do Sivuca (a quem eu não tenho privilégio de conhecer pessoalmente; fato que evidentemente não impede que eu seja admirador de seus textos) “Tenras idades, tenros ossos”, não pude deixar de me lembrar de quando, aos 20 anos, fiz o meu primeiro vôo de parapente. Poucos conhecimentos eu tinha e achava que os detinha em grande quantidade.
Hoje sei o quão grande é minha ignorância em matéria de vôo livre e porque não, em matéria de viver. Vejo um monte de gente que, como eu há alguns anos atrás, acha que detém muito conhecimento. Longe de mim querer aconselha-los; ao contrário, acho sim que cada um de nós tem um caminho único a trilhar na vida e todos os erros e acertos são parte indelével de nossa programação nesse planetinha ainda azul.
De toda forma, não me sentiria bem em não alertar aos novos (de idade e, sobretudo de esporte): cuidado quando acharem que estão sabendo muito – justamente aí é que provavelmente você terá uma oportunidade, talvez única, de aprender. Para o bem de sua integridade física.